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Orando na estrada a caminho do Calvário

  • Ariel Dias
  • 8 de mar. de 2016
  • 2 min de leitura


Viver o caminho da cruz é inevitável. O caminho quaresmal começa com um lembrete de nossa própria mortalidade: "Do pó viemos e ao pó voltaremos." Nenhum de nós, como se costuma dizer, escapa dessa jornada. A morte é o fim universal das nossas vidas terrenas e, cada um de nós, mesmo se viver o tempo suficiente, acaba por ter mortes menores ao longo do caminho.


Estes são os momentos que podem testar nossa fé - os medos, dor e falhas que fazem parte da estrada e nos levam a tropeçar ou a desmoronar. Um acidente. Um diagnóstico de câncer. Abuso. Traição. Divórcio. Sonhos Quebrados. Cada um de nós carrega um fardo, muitas vezes em segredo. Colocamos esses momentos, essas mortes menores em uma cara fechada e um coração congelado.


Clamamos à Deus e nos perguntamos se Deus nos ouve. O próprio Senhor Jesus clama da cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27,46). Jesus compartilha a nossa carga de morte e a perspectiva assustadora de ser abandonado por Deus, porém, Ele também apresenta as luzes para um caminho de esperança: "... quem perder sua vida por minha causa a encontrará" (Mateus 16,25).


Nossa herança católica nos oferece refúgio em saber que todos os santos, vivos e mortos, podem interceder orações em nosso nome. Nós temos as orações devocionais da nossa tradição, o Pai Nosso, a Ave Maria e o livro dos Salmos - que nos dão palavras para os momentos em que não temos palavras para nossa própria vida.

Temos também o silêncio. "O silêncio é a primeira língua de Deus", ensina São João da Cruz. Em nossas horas escuras, pode ser o suficiente para levantar nossos sofrimentos. É no silêncio que nos encontramos com Deus.


Vivamos a quaresma com um túmulo vazio e o Messias ressuscitado, cujo triunfo promete nossas próprias ressurreições. Que a nossa oração desta Quaresma possa unir nosso sofrimento com o sofrimento do Senhor, para que possamos encontrar Nele a vida que Ele promete.

 
 
 

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