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A importância do Sinal da Cruz

  • Vitor Azevedo
  • 28 de jan. de 2016
  • 2 min de leitura


É um grande costume antes de qualquer ação pastoral, litúrgica, ministerial ou qualquer outra atividade do dia-a-dia o fiel católico realizar em si o chamado Sinal da Cruz, marcando sua frente com o símbolo cristão da Cruz do Senhor. Esse rito, tão tradicional em nossas ações, é, por desconhecimento de alguns, uma antiga prática originária das Sagradas Escrituras e da tradição apostólica. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, em seu artigo 2166, orienta que "o cristão começa suas orações e suas ações pelo sinal-da-cruz, 'em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém'".


Em seu conceito interpretativo, o Sinal da Cruz, ainda segundo o Catecismo em seu artigo 1235, "assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua Cruz". Ou seja, o Sinal da Cruz torna-se lembrança da ação salvífica de Jesus Cristo obtida pelo Seu sacrifício no lenho da Cruz.


Para nós cristãos católicos, a Cruz não é uma lembrança vergonhosa, mas um símbolo de vitória e de salvação. Foi por ela que fomos salvos. Tal veneração pela Cruz segue a instrução dada por São Paulo: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl 6,14).


O Sinal da Cruz é um sinal de unidade. Todos os cristãos católicos realizam esse rito em suas ações na Igreja e fora dela, lembrando das palavras de São Paulo a Éfeso: "Pela cruz, Jesus Cristo reconciliou os povos com Deus, em um Corpo, eliminando com a Cruz as inimizades.' (Ef 2,16)".


Realizar o Sinal da Cruz é uma tradição bíblica onde, no livro do Profeta Ezequiel, o profeta tem uma visão de Deus falando ao anjo: "Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma Tau (Sinal da Cruz) na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem" (Ez 9,4). E podemos considerar o Sinal da Cruz como um rito apostólico, herdado dos Apóstolos de Cristo e sendo usada pelos cristãos nos primeiros séculos, segundo os escritos de Tertuliano, um dos primeiros autores cristãos, e de São Basílio de Cesareia, Doutor da Igreja do século IV, que apresentavam o Sinal da Cruz senho realizado já pelas primeiras comunidades cristãs como rito de suas celebrações, atividades rotineiras e de identidade.


E qual a forma correta de realizá-lo? No Cerimonial dos Bispos, na nota de nº 81 do item 108, explica como fazer o Sinal da Cruz: "Ao benzer-se, volta para si a palma da mão direita com todos os dedos juntos e estendidos, faz o sinal da cruz da fronte ao peito do ombro esquerdo ao direito". Com isso, não há necessidade de faze-lo três vezes repetidamente ou beijar a mão. Basta realizar aquilo que o Cerimonial indica.


Com efeito, o Sinal da Cruz tornou-se uma herança que percorre dezenas de séculos de cristianismo, invocando a presença e as graças de Deus ao fiel praticante e simbolizando aquilo que a doutrina católica tanto acredita. Não deixemos de realizá-lo.


Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, rogai por nós!

 
 
 

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