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Há diferença em Rezar e Orar?

  • Ariel Dias
  • 3 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Olá irmãos e irmãs! Você sabe a resposta para o título desta reflexão? A resposta é simples. De acordo com os dicionários Michaellis, Aurélios e outros tantos da língua portuguesa, os termos orar e rezar são sinônimos, assim como as palavras andar e caminhar: são duas palavras diferentes, mas a ação é a mesma - locomover-se de um ponto ao outro.


Em outras línguas o ato de orar ou rezar muitas vezes é expresso em uma única palavra. Em inglês, por exemplo, o verbo to pray significa rezar ou orar. Em italiano, usa-se a palavra pregare, que em uma tradução livre significa suplicar, com o mesmo sentido do nosso orar ou rezar. Infelizmente, na internet e nos diversos meios, muitos pastores despreparados, erroneamente acabam por mudar a língua portuguesa e, por conta própria, ensinam que existe diferença entre rezar e orar. Com esse ensinamento equivocado, nossos irmãos de outras religiões assumem a ideia equivocada de que rezar seria repetir palavras vãs, textos decorados, enquanto orar seria verdadeiramente falar com Deus. Para os protestantes, diferenciar a palavra Orar de Rezar serve como uma senha. O uso dessa pequena diferença de matiz entre as palavras, empregando de forma arbitraria Orar ao invés de Rezar, imediatamente os identificam (ou destacam-os) como protestantes. Isso tem a vantagem, para eles, de detectar em um grupo os outros protestantes que ali fazem parte. Outra característica apontada pelos fiéis protestantes é que Rezar é ler ou recitar um texto pronto, uma vã repetição de palavras decoradas; E orar é se relacionar mais intimamente com Deus, uma conversa que independe de formalidades ou textos pré escritos. Assim sendo, muitas vezes então ouvimos: "Rezar o Pai Nosso" ou "Rezar a Ave Maria". Todo católico pode e deve elevar suas próprias orações espontâneas ao Criador, para louva-Lo, adorá-Lo e dar graças. O uso de orações prontas sempre serviu e ainda serve como um guia de como falar com Deus. Todavia, Jesus nos disse: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;" Mateus 6,9. Ao ensinar a principal oração do Cristão (independentemente da denominação, católico ou protestante), disse "vós orareis assim". Jesus nos ensinou como devem ser nossas orações, Ele mesmo deixou uma oração pronta para que rezemos. Isso não quer dizer que, por ser uma oração já pronta, que vamos faze-la de forma mecanicamente, sem sentrega e devoção. Outra característica apontada sobre o ato de rezar é que não passa de repetições vãs (como exemplo, destacam sempre o Terço Mariano, que é uma sucessão de 10 Ave Marias e um Pai Nosso a cada dezena). Aqui cabe uma passagem do evangelho de São Marcos. Na passagem, Cristo está falando com Deus Pai no jardim de Getsêmani, antes de Judas o trair: "E, afastando-se de novo, orava dizendo novamente a mesma coisa..." (Mc 14, 39). Se essa cena acontecesse hoje no Brasil, alguns pastores diriam que Jesus estava cometendo um erro, rezando em vez de orar, usando de vãs repetições. Para finalizar, deixamos aqui um trecho de 1 Timóteo que representa a necessidade sem razão encontrada de criar brigas e discussões entre os membros de diversas religiões: “Esses tais demonstram um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca das palavras, que resulta em inveja, brigas e atritos constantes... (1Tm 6, 4). Tenhamos cuidado para não cair na tentação do apelo doentio de membros de outras religiões para criar discussões que não levam a nada. Independente de rezar ou orar, o mais importante é adorar a Deus, louva-Lo, bendize-Lo, agradecer pela vida e por tudo o que Ele tem nos feito. Louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo!

 
 
 

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