Infalibilidade do Papa
- Vitor Azevedo
- 21 de mai. de 2015
- 2 min de leitura

O capítulo IV da Constituição Dogmática "Pastor Aeternus", concebido no Concílio Vaticano I (1869-1870), nos apresenta o dogma da infalibilidade papal.
Segundo a Igreja, "o Romano Pontífice, quando fala 'Ex Cathedra', isto é, quando, no desempenho do ministério de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica alguma doutrina referente à fé e à moral para toda a Igreja, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa de São Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual Cristo quis munir a sua Igreja quando define alguma doutrina sobre a fé e a moral; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis".
Em outras palavras, a Igreja acredita que o Santo Padre, o Papa, possui total autoridade enquanto Vigário de Cristo na Cátedra de São Pedro a declarar solenemente algo em matéria de fé e de moral aos santos fiéis do mundo. O que o Papa diz que é verdade, é verdade por excelência em Cristo.
A infalibilidade papal nos aponta sobre assistência sobrenatural do Espírito Santo preservando o Sumo Pontífice da Igreja de qualquer erro doutrinal desde a fundação do cristianismo. Entretanto, é habitual indagações a respeito deste dogma, levando pessoas a pensarem que os católicos acreditam que o Papa é infalível no sentido de impecável, acima e imparcial a qualquer erro ou pecado e posto na condição acima do bem e do mal.
O Papa, claro, é um homem falho e imperfeito, como qualquer pessoa. Tem suas imperfeições e perfeições de caráter, conduta e de decisões. O que na verdade a doutrina da infalibilidade diz que o Papa não é uma pessoa perfeita, com condição de nunca pecar ou errar por ser Papa. O que o dogma da infalibilidade papal nos certifica é que o Papa é infalível quando fala nas condições "Ex Cathedra" (expressão e condição que qualifica o Sumo Pontífice da Igreja Católica como Pastor e Mestre dos cristãos, conforme definido pelo Concílio Vaticano I) para mostrar as verdades da fé e da razão da Igreja - e essas verdades são verdades absolutas.

O dogma da infalibilidade papal está presente nas Sagradas Escrituras, mas precisamente no versículo 18 do capítulo 16 do Evangelho de São Mateus: "E eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra, será desligado nos céus".
Rezemos pelo Santo Padre para que ele continue conduzindo a Igreja Católica pelos caminhos que levem ao mundo as verdades da salvação e da vida.
E, lembrando que, o final do "Pastor Aeternus" nos adverte: "Se, porém, alguém ousar contrariar esta nossa definição [a da infalibilidade papal], o que Deus não permita, - seja excomungado".
Nossa Senhora da Guia, rogai por nós!
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