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A perseverança e o cansaço do bem

  • Vitor Azevedo
  • 12 de mai. de 2015
  • 2 min de leitura

Parábola do Fermento

O artigo 409 do Catecismo da Igreja Católica nos deixa o seguinte raciocínio: "Uma luta árdua contra o poder das trevas perpassa a história universal da humanidade. Iniciada desde a origem do mundo, vai durar até o último dia, segundo as palavras do Senhor. Inserido nesta batalha, o homem deve lutar sempre para aderir ao bem; não consegue alcançar a unidade interior senão com grandes labutas e o auxílio da graça de Deus".


Seguindo esse desígnio, homem é convocado, desde a seu princípio, a realizar a prática do bem. A adoção dessa conduta, se aplicada fielmente, levará o indivíduo à recompensa magna: o ganho da herança eterna no Céu, junto de Deus e seus santos.


Para fazer o bem é necessário realizar as práticas de boas obras de vida, que são resumidas nas "ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia, como também perdoar e suportar com paciência [o próximo] (...), a esmola dada aos pobres (...) e também uma prática de justiça que agrada a Deus" (artigo 2447 do Catecismo da Igreja Católica).


Entretanto, a prática do bem consome demais o vigor de seu praticante. É uma ação qual o indivíduo pena a realizar. Não é fácil praticar o bem. Ele nos exige um amor, uma dedicação e uma devoção os quais não são simples de serem vivenciados.


O bem nos exige paciência, mansidão, coragem, ânimo, perseverança, insistência, amor. E ele não é um resultado imediato. Ele demora para florescer. O bem "é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada" (Lucas, 13, 21).


Nessa caminhada de praticar o bem, muitas vezes nos abate o cansaço físico e espiritual. Queremos logo o resultado. Não temos a paciência de esperar o bem crescer em nós e no nosso próximo. Aí vem o desânimo. Todavia, é nessa hora que devemos renovar a nossa fé.

Tudo poderá parecer ser um projeto perdido, mas devemos perseverá. Nesse momento, devemos ter crença nas palavras de São Paulo aos gálatas: "Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos" (Gálatas 6, 9).


Grão de Mostarda

Não devemos deixar de praticar o bem, porque o resultado dele demora a chegar. Devemos ter a insistência em nossas atitudes. O mal não prevalecerá. O resultado do bem "é como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra" (Marcos 4, 31 - 32).


Persevere na prática do bem. Não desanime. Outras pessoas precisam receber de você as virtudes do amor e da paciência, por mais que seja difícil vivê-las. Continue nessa caminhada, não se abata. E lembre-se que "aquele que perseverar até o fim, este será salvo" (Mateus 24, 13).


Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!


 
 
 

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