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A violência do Céu e da Terra

  • Vitor Azevedo
  • 7 de mai. de 2015
  • 2 min de leitura

A vida de um cristão é uma batalha violenta. E não sou eu que estou falando isso. Estou me referindo as palavras de Jesus descritas em Mateus 11, 12: "O Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam".


Antes de continuar, devo deixar muito bem claro que essa violência que o Evangelho indica não é aquela violência em que usamos da agressividade para causar dano físico ou psicológico a outra pessoa. Isso é abominável e condenável nas Sagradas Escrituras. Essa frase de Jesus está se referindo a uma violência de vivência que um cristão deve ter, uma ruptura radical com os preceitos desse mundo - e assunto que tratarei aqui.


Vamos explicar melhor isso. Nós aqui na Terra, membros da chamada Igreja Militante, temos que ter o grande objetivo de lutar para chegar em plenitude em nosso destino final: o Céu, junto de Deus e seus santos na Igreja Triunfante. Para obtê-lo, entretanto, já nos vale a instrução de São Francisco de Assis: "é tão grande o bem que espero, que todo o sofrimento me é um grande prazer". Para conquistar a Vida Eterna, o cristão deve romper com os preceitos mundanos e abrir-se as regras e condições da vivência presentes no Evangelho e que nos leva ao Céu.


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Tal rompimento com as questões no mundo não são fáceis de serem suspensos. Ao contrário. Eles estão tão enraizados em nosso meio, que torna-se uma tarefa impetuosa realizar tão radicalismo. Entretanto, romper com esses pragmatismos do mundo é questão, literalmente, de vida ou morte. A "violência" citada no Evangelho é o resumo da condição espiritual e de prática de ações que o candidato ao Céu deve ter.


Assim, ser violento para o Evangelho é abdicar-se inteiramente dos bens, prazeres e costumes desse mundo. É um doar-se totalmente aos mais necessitados. É ser profeta e anunciador da causa do Evangelho. É ser solidário para quem mais precisa de um consolo. Para adotar tais compromissos, o cristão deve ser violento ao rejeitar as práticas que o mundo impõe.


Dizer um "não" para o mal e rejeitar toda proposta de "felicidade" que o mundo oferece é uma conduta violenta, pois as tentações estão em todos os lados e lugares. Temos que ser violentos, ferozes e íntegros em rejeitar toda obra do mal e que nos afasta de Deus e estar convictos que nosso "sim" é "sim" e nosso "não" é "não" (Mt 5, 37)


Tenhamos então o foco na vida eterna e, para isso, seguimos o ensinamento de Cristo: "não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no Céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam" (Mateus 6, 19-20)


E assim, possamos seguir o conselho de São Leão Magno: "que não vos detenham as coisas deste mundo, pois os bens do céu vos esperam".


Nossa Senhora, Rainha do Céu, rogai por nós!

 
 
 

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