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Confiança!

  • Ariel Dias
  • 28 de abr. de 2015
  • 2 min de leitura

Conversa Católica. Textos católicos para reflexão e versículos diários.

Estamos em um tempo no qual o sentimento de confiança se distanciou de nós. Dificilmente conseguimos ter esse sentimento ao transitarmos pelas veredas das cidades, principalmente das grandes cidades.


Nasci em uma cidade pequena com pouco mais de 20 mil habitantes. Lá a confiança estava presente na palavra. Lembro-me do termo "dou minha palavra de honra". A palavra naquele tempo (não se fazem tantos anos assim) era mais valiosa que qualquer dinheiro ou metal precioso.


Confiava em deixar algum pertence meu com um colega na escola pois sabia que, se ele disse que iria devolver, ele devolveria sim. Os comerciantes tinham aquela espécie de bloco de notas, com os nomes de todos os "clientes" e o quanto cada um devia.


Por crescer em família de comerciantes, sempre via no início do mês as pessoas, após receberem seus salários, indo até o comércio e dizendo: "quanto lhe devo?", "quanto foi o prejuízo deste mês?", "nossa, deixo todo meu salário aqui!", entre outras frases que persistem na memória.

Mas, e hoje? Confiamos em nossos irmãos? Por que está tão difícil encontrarmos a confiança entre as pessoas? Carlos Drummond de Andrade dizia que "confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio". Esperança é fé, acreditar que Deus está no comando e que, haja o que houver, tudo será feito conforme a Sua vontade. A confiança está regida primeiramente e acima de tudo em ter fé em Deus.


Em Salmos 37,34, o salmista diz "Põe tu confiança no Senhor, e segue os seus caminhos. Ele te exaltará e possuirás a terra; a queda dos ímpios verás com alegria.". Pois bem irmãos. Aí está uma resposta. A dificuldade de não confiar em alguém pode estar diretamente relacionada em não colocarmos primeiramente a nossa confiança em Deus. Ao confiarmos no Senhor, os ímpios não cruzarão nossos caminhos.



Para concluir, compartilho um acontecimento muito recente. Fui até uma loja comprar um produto. Ao chegar, observei o produto e o peguei para comprar. No momento de realizar o pagamento tirei o cartão da carteira e entreguei para a vendedora que, de pronto, disse que somente aceitava dinheiro. Naquele momento eu não tinha nenhum centavo. Para minha surpresa, sem eu pedir, sem sequer eu ter demonstrado interesse em ter aquele produto com urgência, ela disse: "pode levar, quando puder você me paga".


Fiquei sem entender. Relato para vocês algo que aconteceu no centro da maior cidade do País. Justamente em época a qual as pessoas não confiam uma nas outras. Mas esta vendedora foi diferente, ela teve o sentimento de confiança. No dia seguinte fui lá para paga-lá e não somente agradeci o seu gesto, mas também questionei o que faz confiar em alguém que nunca viu. Ela prontamente respondeu: "Todos os dias antes de vir trabalhar, peço à Deus que ilumine minha loja e que afaste os ímpios".


Não é maravilhoso o amor de Deus por nós? Em Salmos 23, 1-4"O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes ... Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.". Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, ainda que tudo ao meu redor me leve a não confiar em ninguém, Deus está comigo, me repousa em pastos verdejantes e me guia pelo amor do Seu santo nome. Tenha fé nisso. Peça à Deus o dom da confiança.


Que o nosso senhor Deus nos abençoe e nos guie, que Deus afaste quem nos quer o mal e nos dê o dom da confiança.


Assim seja, amém!

 
 
 

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